domingo, julho 29, 2007

Conto 3

Amar e gostar... A sutil diferença... Um casal, mas que se passa na mente dele? Será que se amam, ou serão casal por uma única noite? Abaixo mais um conto insano... Espero que gostem, o próximo conto já está escrito também!

beijos

P.A.

“Não faz isso!!!”

“Não gosta?”

E em resposta apenas uma risada e a contração do corpo pelo arrepio, aquele arrepio que sobe a espinha e faz nosso corpo flutuar...

“Eu te amo!”

Silêncio...

“Você não me ama?”

“Err... Gosto muito de você!”

Um sorriso lindo de resposta, uma carícia e um beijo.

“É, mas eu te amo...”

E mais uma noite se passou, sob o manto de luz que penetra a janela, dois corpos nus. Dois seres que desfrutaram os prazeres que a carne oferece, o sorriso de satisfação nas faces ainda dormentes, os olhos que brigam para se manterem fechados diante a quente luz que entra sob as cortinas brancas.

O casal desperta para mais um dia, mais um lindo dia... Dois corpos que agora se cobrem com camisas largas e alvas, que tomam seu café e riem sem dizer uma palavra. Amor sublime amor, ali naquela imagem pode ser visto, mas é como a pintura bela de se admirar, é a cena que alimenta a mente, mas que não é necessariamente o que parece ser.

Isso foi há meses, hoje não há mais o amanhece juntos, o sorriso o hálito, os beijos. Hoje há dois corações partidos um que amou e outro que gostou. Aquele coração que amou ainda é fiel, aquele que gostou já provou outras camas, esteve em outras alcovas, e cada vez se convence mais que este será seu destino. Aquele coração que amou ainda é fiel, mas não busca mais rever o velho corpo que se deitou em sua cama um dia, espera um outro corpo que faça esquecer o antigo e por fim amar e ser amado.

E você que lê estas palavras que coração é? Aquele que ama é prisioneiro por livre vontade ou aquele que gosta e viaja pelas alcovas escuras buscando o prazer e a companhia de mais uma noite?

domingo, julho 22, 2007

Conto 2

Solidão, domina a alma e o corpo e por fim destrói nossa mente... Aqui coloco mais um conto das "historióas aleatórias de um mundo insano", tenho escrito apenas mais um conto, mas devo escrever mais. O texto que segue é bem triste, mas acredito que ao contrário do anteior ainda traz sua fagulha de esperança.
Espero que vocês gostem e comentem, uma boa semana paar todos...

Besos de Pablo A.


CONTO 2

Quando ela acordou naquela manhã estava só, o frio dominava seu apartamento, uma luz tênue entrava pela janela da sala, brigando com as grossas cortinas. Ela usava sua camiseta vermelha e um roupão atoalhado, em seu rosto a tristeza.

Ele não acorda, esteve acordado a noite toda. Bebida, cigarros e risadas. A luz si sol ofusca a vista que esteve na boemia. Cigarro na mão sorriso nos lábios.

Ela toma seu café, é domingo de manhã, está só. Olha-se no espelho, que ser horrível, pensa, ao ver uma mulher jovem descabelada com cara de sono e olhar vazio. Os espelhos infelizmente não são bons amigos, mostram nossa decadência. Após um banho, trocar de roupa e se pentear, ela vê outra mulher no espelho, mais bonita e bem disposta, porém ainda com o olhar triste.

Ele chega a seu apartamento. Sujeita em todos os lados, ninguém limpou a casa de novo. Entra no banheiro e se vê no espelho, o sorriso foi embora, lava o rosto e vai dormir.

Mas um dia inútil, ele dorme até a metade da tarde, ela vê tevê. Fome... Ela vai ao mercado, ele também... Ele na seção de bolachas, ela ao lado nas massas. De repente se cruzam, olhares são trocados. A tristeza se prende no olhar de mabos. Cabeças baixas. Ela vai para sua casa e ele para a dele.

Tevê e sorvete, tevê e biscoitos. Que vida triste e vazia ela leva, que vida inútil ele carrega. Se ao menos ela tivesse quem amar. Se ao menos ele tivesse quem o amasse.

Naquela tarde ela tomou uma caixa de comprimidos e entrou em coma, morrendo dias depois.

Naquela noite ao ver uma ambulância passar, ele viu o mundo sob o manto de suas lágrimas e pulou do décimo andar.

Ah se ela fosse amada! Ah se ele amasse...

Naquela tarde fria de domingo, ela viu um rapaz bonito, mas pensou consigo “deve ter alguém” e seu olhar se encheu de tristeza ao pensar que estava só.

Naquela tarde fria de domingo, ele viu uma moça bonita, mas pensou consigo “deve ter alguém” e seu olhar se encheu de tristeza ao pensar que estava só.

Naquela tarde ela se matou, naquela noite ele se suicidou. Tomara que na outra vida seus olhares se cruzem de novo, e tomara que não pensem “deve ter alguém”.

quarta-feira, julho 11, 2007

Contos perdidos – Histórias aleatórias de um mundo insano ... CONTO 1

Touya e Yukito... Um amor diferente... Mas será ele tão diferente assim?... Hoje começo a publicar meus contos, são histórias aleatórias de um mundo insano, deste jeito intitulo minha "obra", são contos de amor, com algo meio ultraromântico...
... As histórias como disse à Michelle B. sempre são reflexos de nossa vida, cabe ao leitor saber filtrar a informação e dicernir a ficação da realidade...
Cuidem-se, mais contos desta série serão publicados e escritos!

Abarzos de P.A.


– Olá!... Tá procurando alguém?

– Olá! Tô sim, viu o Crsitian?

– Já, já ta ai...

– Ah, beleza! Vou indo então. Que você ta lendo?

– Afff.. Hehe... Cada um com seus gostos... Ah vou trazer um som pra cá, que acha?

– Um som?

– É ... Tenho um sobrando, mas tem que arrumar o CD...

– Owww... Beleza!

– Bem, vou nessa! Até mais!

– Até! Vê se aparece!

Naquela semana escrevi um e-mail perguntando quando podia levar o aparelho. A resposta foi “quando eu quisesse”, porque sempre tinha alguém no local, e no final da mensagem um beijo.

Ri daquilo, pareceu brincadeira e ate comentei: “que forma estranha de terminar um e-mail”. A resposta à meu comentário veio dias depois, seguida de um pedido de desculpas porque havia viajado, a mensagem dizia algo como “Estranho? Talvez não seja...”. Ops! Foi o que pensei, que fria estou me metendo? Respondi prontamente “Nossa! Muita informação para minha cabeça! Preciso digerir suas palavras!”.

Quase cai duro com a resposta! Algo do tipo “Então vamos ver no que dá...”, deuses o que ocorria? Tudo por um comentário imbecil e sem pretensões. É incrível como o interpretar de um gracejo muda tudo. Após isso decidi que não haveria mais e-mails de resposta. Porém havia comunicação instantânea, maldita tecnologia!

Foi numa noite de sexta-feira, de repente um “oi!” e inicia-se a conversa mais estranha que já tive no mundo virtual... Minhas palavras tentavam, desviar do assunto, mas foi em vão. Argumentei, explicando o que ocorrera, que tudo não passava de um mal entendido, que eu havia feito um comentário inocente e sem pretensões, que eu tinha aquele jeito de ser... O resultado foi um pedido de que não me afasta-se.

Como resistir a palavras como essas? Respondi que não havia motivos para preocupação estava tudo bem! Não fugiria e que o seu segredo seria o meu, pois no fundo assim o era. Iniciou-se assim a maior catástrofe de minha vida...

Na outra semana nos vimos, sorrimos e nos falamos, mas sobre o assunto nada foi dito. O assunto era incômodo demais para mim, não podia olhar nos seus olhos e ser sincero. Um silêncio mortal tomava parte de nós e nos deixava sem reação, apenas no mundo paralelo de bits nos comunicávamos de forma aberta.

Marcamos uma saída, um dia para nos divertirmos junto à uma amiga, somente fomos a amiga e eu... Problemas! Ah se isso não tivesse ocorrido! A noite onde teríamos nosso primeiro beijo... A vida passa o tempo cura...

Na outra semana, tudo igual. Até que ouvi as palavras que mais me machucaram, nunca imaginei que ficaria assim por alguém. Talvez no fundo até esperasse esse dia, mas ele veio deforma tão inesperada, após lágrimas e sonhos... Gostava de outra pessoa, eu era especial, mas havia mais alguém, havia uma dúvida, e eu em minha insanidade e diante de meu medo não fui honesto e apoiei.

A dúvida persistiu e a cegueira também. “Você ama!”, foi o que um amigo me disse, e eu me recusei a ver... Amava, provocava mas prometia apenas uma noite, um dia e nada mais, mas nas minhas palavras dizia que eu devia ser único. Estupidez! Por que desta vez não interpretastes minhas palavras? Por quê?

O tempo passou e te amei cada vez mais. Discutimos e hoje não me olhas. Eu quisera saber porquê, mas enfim não eras o anjo que pensei que fosses, mas embora minha paixão por ti não persista como dantes, ainda existe e, se me pedires um beijo te dou, e se me pedires a vida, por tia dou... Sorri pra mim mais uma vez e dá-me uma chance. Sei que no fundo não desejas de todo o outro alguém, afinal não posso ser somente um fantasma no passado.

segunda-feira, julho 02, 2007

Máscara

A máscara que esconde o bandido, que disfarsa o artista e que por vezes cobre tristeza e lágrimas... Final de semana fenomenal, pessoas maravilhosas, vida nova! Desabafo!

Um ser de muitas faces e fases... Minha vida pode ser descrita como uma farsa, uma imagem criada pela mão de um artista, cada ato cada foi estudado, cara expressão foi treinada, cada beijo ensaiado. Mas durante a peça o artista suou e chorou, esqueceu as falas e deixou para trás o personagem para em alguns momentos ser ele mesmo, este sou eu o artista que a cada lágrima deixou sua máscara de pó de arroz cair.

Mas a peça terminou e eu, o artista, dispo meus trajes e tiro do rosto a maquiagem que faz parte de meu ser, passo a ser eu mesmo, não quero mais atuar no palco de mentiras. Por outro lado, o palco protegeu-me, foi meu lar. Mas hei de ser eu, ser o menino que relutou em crescer passará a ser o alguém que antes de buscar gostar de alguém passará a gostar de si mesmo!

É hora de me aceitar sem minha máscara, de olhar em meus próprios olhos diante do espelho, de ver que não sou mais o menino, mas que não sou o homem, preciso ver quem eu sou. O único que sei é que quando sair do teatro da farsa, lá estarão meu amigos, minha platéia a me esperar, uns com sorrisos e flores, outros com palavras duras e pedras...



Bjos à todos

P.A.