domingo, julho 22, 2007

Conto 2

Solidão, domina a alma e o corpo e por fim destrói nossa mente... Aqui coloco mais um conto das "historióas aleatórias de um mundo insano", tenho escrito apenas mais um conto, mas devo escrever mais. O texto que segue é bem triste, mas acredito que ao contrário do anteior ainda traz sua fagulha de esperança.
Espero que vocês gostem e comentem, uma boa semana paar todos...

Besos de Pablo A.


CONTO 2

Quando ela acordou naquela manhã estava só, o frio dominava seu apartamento, uma luz tênue entrava pela janela da sala, brigando com as grossas cortinas. Ela usava sua camiseta vermelha e um roupão atoalhado, em seu rosto a tristeza.

Ele não acorda, esteve acordado a noite toda. Bebida, cigarros e risadas. A luz si sol ofusca a vista que esteve na boemia. Cigarro na mão sorriso nos lábios.

Ela toma seu café, é domingo de manhã, está só. Olha-se no espelho, que ser horrível, pensa, ao ver uma mulher jovem descabelada com cara de sono e olhar vazio. Os espelhos infelizmente não são bons amigos, mostram nossa decadência. Após um banho, trocar de roupa e se pentear, ela vê outra mulher no espelho, mais bonita e bem disposta, porém ainda com o olhar triste.

Ele chega a seu apartamento. Sujeita em todos os lados, ninguém limpou a casa de novo. Entra no banheiro e se vê no espelho, o sorriso foi embora, lava o rosto e vai dormir.

Mas um dia inútil, ele dorme até a metade da tarde, ela vê tevê. Fome... Ela vai ao mercado, ele também... Ele na seção de bolachas, ela ao lado nas massas. De repente se cruzam, olhares são trocados. A tristeza se prende no olhar de mabos. Cabeças baixas. Ela vai para sua casa e ele para a dele.

Tevê e sorvete, tevê e biscoitos. Que vida triste e vazia ela leva, que vida inútil ele carrega. Se ao menos ela tivesse quem amar. Se ao menos ele tivesse quem o amasse.

Naquela tarde ela tomou uma caixa de comprimidos e entrou em coma, morrendo dias depois.

Naquela noite ao ver uma ambulância passar, ele viu o mundo sob o manto de suas lágrimas e pulou do décimo andar.

Ah se ela fosse amada! Ah se ele amasse...

Naquela tarde fria de domingo, ela viu um rapaz bonito, mas pensou consigo “deve ter alguém” e seu olhar se encheu de tristeza ao pensar que estava só.

Naquela tarde fria de domingo, ele viu uma moça bonita, mas pensou consigo “deve ter alguém” e seu olhar se encheu de tristeza ao pensar que estava só.

Naquela tarde ela se matou, naquela noite ele se suicidou. Tomara que na outra vida seus olhares se cruzem de novo, e tomara que não pensem “deve ter alguém”.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

linda história .... triste história ....
as mais belas histórias normalmente acabam assim ! com o fim de tudo !

ahhhhh se eles soubessem !!!!

beijos amor

5:21 PM  

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